Luthier
Fender American Vintage 57
Jade Ciribelli é guitarrista e é meu amigo há quase 20 anos. Ele queria uma reedição de Fender dos anos 50 e depois de garimpar um bocado acabou conseguindo essa American Vintage. Ele trouxe o instrumento pra regulagem logo que chegou dos EUA. O instrumento é impressionante por vários motivos. Eu acho primoroso o shape em V dos braços das reedições da Fender. É muito confortável pra pessoas com mãos pequenas feito eu. Gosto no acabamento em verniz nitrocelulose levemente transparente (a guitarra vibra de forma diferente e o verniz se deteriora com o tempo, dando aquele aspecto de guitarra velha). O abaulamento da escala é de 7,25 polegadas e os trastes são minúsculos, o que deixa a guitarra muito dura nos bends e vibratos.
A eletrônica da guitarra veio de fábrica com uma chave de 3 posições. Era assim até 1977 (a chave de 5 posições só foi inventada em 1978). Uma chave de 5 posições vem embalada dentro do case da guitarra para o caso do dono querer usar as posições 2 e 4 da chave e o Jade pediu pra eu instalar a chave nova. Os captadores são os Fender 57/62. Curiosidade: para reproduzir de forma mais fiel as especificações de 57 a Fender não fez o captador do meio com polaridade invertida e enrolamento ao contrário, portanto não há cancelamento de ruído nas posições 2 e 4. Também instalei o capacitor e resistor corretos no botão de volume para evitar perda de brilho quando o Jade diminuir um pouco o botão de volume.
Gosto do escudo de uma camada só e das peças de plástico na cor marfim. Dá a aparência de instrumento antigo.
Os captadores são sensacionais, o verniz deixa a guitarra vibrar de forma mais natural e a seleção de madeiras é bem criteriosa. O conjunto desses fatores resulta num som impressionante, apesar de ser uma guitarra meio difícil de tocar.
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