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Confesso que devo desculpas ao Pedrone e a vocês que seguem o Blog pela demora em postar uma devida Review do Overdone, mas antes tarde do que nunca (rs) então aqui está. Ainda não 100% completa (então aguardem a parte 2) mas como meu tempo para acabar esta muito escasso eu vou postar mesmo assim :-)!
Comprei o amp logo que conheci o Pedrone. Quando fui a SP (Post da Entrevista LPG) para a entrevista que publicamos aqui no blog, aproveitei pra conhecer alguns amps da linha e ele tinha um modelo do Overdone pronto para testar e nem deixei ele anunciar. Tentei gravar em casa algumas vezes essa demo e nada ficava bom o suficiente. Eu precisava entender o AMP e TODAS as suas nuances. Precisava esperar o falantes amaciarem, pois havia encomendado um par novo de Celestion G12-65 com caixa nova e tudo mais. Queria que o amp tivesse um período de BREAK-IN para falar 100% o que podia.
Desde então, muito se tem comentado nos foruns e grupos do Facebook, mas ninguém melhor que o mestre Augusto Pedrone em pessoa para explicar os controles e funcionamento do amp. Oportunamente o Kleber Kashima fez uma excelente entrevista com o Pedrone para o site Guitar Experience (Excelente Revista Digital) onde, além de outras coisas, ele explica todos os controles do amplificador que passou a ser um amp de linha da marca.
A versão que eu tenho (e que foi usada nessa demo) é levemente diferente do novo modelo (do vídeo acima). Afim de incorporar o sucesso do Overdone à linha de produtos, o Pedrone não mais o faz utilizando a técnica de ponto-a-ponto dos antigos. Com isso conseguiu baratear os custos de fabricação, agiliza a entrega e consegue incorporar algumas funcionalidades extras (ex. circuito de redução de potência). Isso sem comprometer a sonoridade original. A versão nova também perdeu o switch de seleção de "feedback" que se encontrava na parte de trás do Overdone antigo e que altera levemente a resposta do pre-amp mas que não chega a fazer falta. Eu acabo sempre deixando ele desligado mesmo.
O meu Overdone :-)
Pois bem, usei e abusei dele todo esse tempo. Usei em casa, com pedais, com a minha banda ao e em ensaios e acho que não tive uma situação que o amp não se comportou muito bem. Podemos pensar que o timbre básico do Overdone é um Fender Clean, porém "transgênico", digamos.
Os graves são extensos e profundos e com a chave "Deep" a coisa fica ainda mais extensa e versátil. Os médios são cirurgicamente tunados na região eficiente das frequencias de guitarra e soam absolutamente macios e a chave de "Mid" dá um leve boost no volume perceptivo e joga a guitarra lá na frente da banda para situações em que o corte na mix é necessário. Os agudos, assim como os graves, tem um linda extensão e adicionam o brilho necessário sem nunca serem estridentes demais. O "Bright" adiciona um brilho na medida e útil para guitarras que soam mais fechadas por natureza ou então quando se toca com o amp em volumes mais baixos por exemplo, onde a extensão da EQ não abriu tanto ainda.
O comportamento da EQ do Overdone é um tanto diferente dos amps tradicionais que estamos acostumados. Sem nem mencionar a chave EQ1/EQ2 (Jazz/Rock) onde você tem 2 amps completamente distintos, você pode girar qualquer um deles nos extremos e não vai ter excessos. Por exemplo, com Strato eu gosto muito de usar o "Mid" Switch ligado e com o grave quase no ultimo . O bump de médios do Switch faz com que a maior extensão de graves do Knob case perfeitamente e nada soa abafado, mas um timbre imponente e bonito. Com Les Paul, retiro o Mid, giro o Contour para perto de 1 hora e "voilà".
Tentando mostrar um pouco disso, eu convoquei o Francisco Ferreira, meu amigo do excelente blog Guitarras e Gambiarras (Clique Aqui) para me ajudar a gravar esse vídeo onde tentamos mostrar como o amp soa e responde. Além de um baita guitarrista, o Chico é radialista e pudemos usar o estúdio para realmente gravar o amp num volume bom. O resultado final está registrado no vídeo abaixo, onde eu passei por todos os controles do AMP enquanto o Chico tocava na minha Strato Castelli (Post da Strato). :-)
Bom, como nenhum amp faz TUDO por mais versátil que seja, o Overdone tem seus contras. Definitivamente não é um amplificador pra METAL ou gêneros mais extremos. A característica mais macia dos médios, excelentes para um Blues e Rock Clássico, não deixa ele ficar agressivo como uma moto serra MESA não importando o quanto de ganho você jogue no pré. A extensão dos graves, lindos para um jazz, nunca ficam "tight"o suficiente para palhetadas rápidas e bases Drop por exemplo.
No entanto, com uma LesPaul e um pouco mais de ganho do pré obtemos timbres na linha do Bonamassa tranquilamente e um pedalzinho "Marshall like" como o CrunchBox clássico, por exemplo, já joga seu timbre no Hard Rock convincente. Um OCD consegue fazer muito aspirante a JoePerry tocar Mamma Kin sem problemas. Eu queria ter gravado algo para mostrar essas características, mas vai ficar pra um segundo post.
Como sempre, se alguém tiver dúvidas sobre o Amp, preços e etc, basta acessar a página do Pedrone (www.pedroneshop.com) ou entrar em contato diretamente através do e-mail/telefone abaixo. O atendimento é sempre muito solicito e cordial. Eu ainda vou twer todos os amps da marca, dada a qualidade e cuidado e por isso tem nosso Selo de Qualidade LPG a muito tempo! Ponto para o Pedrone, para nós, e para o mercado nacional!
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