Sérgio Rosar Supershred e Dynabucker
Luthier

Sérgio Rosar Supershred e Dynabucker


                  Há cerca de 4 ou 5 anos eu navegava pela internet procurando captadores e me deparei com um produtor nacional de captadores chamado "Sérgio Rosar". Entrei no site, achei muito legal e técnico e quando fui anotar o telefone, surpresa: o tal "Sérgio Rosar" era daqui de Florianópolis. :)

Obviamente, com a minha curiosidade absurda sobre guitarras, conversar pessoalmente com um cara que faz captadores é um delírio. Ainda bem que o Sérgio é um cara extremamente educado e atencioso, porque nessas horas eu passo facilmente por "mala" :)

Encurtando uma longa história, ficamos amigos e eu tenho ajudado-o a testar alguns protótipos - taí um mérito por ter tantas guitarras!
Em 2011, desenvolvemos juntos, eu, o Sérgio e o Oscar Isaka Jr., o humbucker "Mojo 13" (tá no vídeo da Les Paul) e o single de strato "Fullerton", baseado no Fender Custom Shop 54 (também nos vídeos dos posts anteriores). A história do desenvolvimento desses captadores é muito legal, porém fica pra outro post :)
Mas no início eu não entendia muita coisa de captadores e ele me indicou o seu "Supershred" para a ponte de uma PRS SE 22 que eu havia acabado de comprar (ela tá postada aqui: PRS SE Custom 22).

SUPERSHRED

          Fiquei pasmo com a qualidade e sonoridade desse captador - comparei-o imediatamente com um Seymour Duncan JB que eu tinha: o Supershred tem médios mais amplos e graves mais definidos que o JB. Virei fã desse captador de médio/alto ganho e tenho pelo menos 6 por aqui... :)
O Sérgio desenvolveu esse e outros captadores com a valiosa ajuda do mestre Rafael Gomes, um dos caras que mais entende de captadores no Brasil.

Tive problemas com o captador do braço - inicialmente coloquei o Rosar Heartbreaker, excelente captador, mas nunca gostei de humbucker de braço "gordo". Prefiro captadores com brilho, estalo e clareza nessa posição - coisa difícil de conseguir em se tratando de humbucker. O Sérgio sempre ouve atentamente o que desejamos e depois de uns 3 protótipos, chegamos nesse "Dynabucker" - inicialmente chameio-o de "Halfbucker" porque splitado parece um single de strato :).

É um captador fraco - tem 4,5k de saída (no modo full - splitado cai pra 2,6k!), semelhante aos captadores Dynasonic (single) e Filtertron (Humbucker) Gretsch dos anos 50. Não pensamos neles, mas o fato é que acabou soando com a clareza e dinâmica dos ditos cujos....

A diferença de volume dos dois (4,5k X 12k) é grande e pra passar de um para outro numa mesma música ao vivo, um pedal de boost é necessário. Mas raramente faço isso e nos vídeos que seguem vocês podem perceber a versatilidade de ambos na PRS

Vídeo 1: Inicio com o riff de rockabilly de "Rock and Roll Zombie", tocado sem palheta com o Dynabucker e em seguida passo para o Supershred. O baixo foi gravado com meu Fender Jazz Bass (também com captadores Rosar) e os loopings de bateria retirados de músicas e editados no Sonar.




Vídeo 2: Dynabucker (splitado - apenas uma bobina) na direita e Supershred na esquerda. A base da música "Play That Funky Music" tem voz/bateria/baixo e é do guitarbakingtrack.com.




Vídeo 3: Supershred na ponte. Feito pelo Oscar Isaka Jr., JR Guitar Parts. Les Paul Epiphone Joe Perry



O Sérgio não comercializa o Dynabucker - até porque seu uso e timbre são bem especificos e hoje em dia o gosto geral é para captadores de alto ganho. Mas pra quem busca um timbre vintage orgânico, natural, que reflita bastante a qualidade das madeiras de uma guitarra, o Dynabucker é uma excelente opção. Uma das razões de eu ter gravado esses vídeos é também pra mostrar ao mestre Rosar que talvez haja mercado para o Dynabucker. Quem sabe... :)


PS: fui revisar o antigo post da PRS e me lembrei que coloquei o Dynabucker com a bobina ativa (amarela) virada para a ponte (invertido). Faço isso eventualmente com alguns humbuckers de braço pra deixá-los com menos graves.





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