Envenenando uma Epiphone Firebird Korina!
Luthier

Envenenando uma Epiphone Firebird Korina!


Brincando de troca-troca!





Essa é uma Epiphone Firebird Korina Edição Limitada (apesar de alguém ter colocado esse Logo Gibson na tampa da abertura do ajuste do trussrod...). Eu adquiri essa guitarra não há muito tempo, na verdade tenho que confessar que sempre fiquei de olho nas Firebird (e essa foi amor à primeira vista, visualmente e quando pude tocá-la!), mas achava os modelos da Gibson que me interessavam muito caros para uma guitarra alternativa, já que minha paixão principal tem sido as Strat, e as Epis sempre me pareciam "baratas" em todos os sentidos, não apenas no preço... Quando vi essa versão em Korina resolvi que seria a minha entrada para o mundo das Firebird. E, como já era esperado, começou o famoso troca-troca. Os captadores que estavam nela (substituindo os originais, upgrade feito pelo antigo dono) eram um Seymour Duncan "Jazz" no braço e um DiMarzio "CrunchLab" na ponte) bem legais e um pouco na direção do que eu queria, mas não eram exatamente o que eu estava procurando, mesmo assim ainda fui fazer umas jams com amigos usando-a desse jeito saiu-se muito bem!




Algumas presunções que eu tinha em relação a essa guitarra se comprovaram verdadeiras, outras não. Ela tem uma construção bem sólida, porém não é "primeiríssima linha". Mas eu particularmente fiquei feliz com esse braço tão carnudo e ao mesmo tempo confortável. O encaixe dela no corpo do guitarrista também é fantástico, tanto em pé como sentado. Das ferragens o que gostei demais e mantive foram as tarraxas apelidadas de Gearless criadas (e imagino que fabricadas também...) pelo Ned Steinberger. Extremamente bem pensadas e precisas, além de terem um "locker" fácil de usar. Eu as achei bem menos truculentas que as tais de banjo usadas pela Gibson mais antigamente. Já a ponte e o cordal são OK, normal das Epis, feitos de Zamak. A minha ideia a princípio era de ter uma guitarra com humbuckers com um som mais cristalino e brilhante, mas que o pickup da ponte fosse mais gordo que o que se costuma ver nos pares de PAF, por exemplo.



De cara já troquei a ponte por uma ABR-1 feita em aço pelo Callaham que eu tinha pegado com o Oscar do blog LPG. E eu tinha aqui dando sopa um stoptail de alumínio da GOTOH que tirei da Gibson LP Tribute quando coloquei uma alavanca Bigsby. Na verdade a ponte também veio dela, pois coloquei na LP Tribute uma com roletes no lugar dos saddles comuns. A ponte Callaham precisou de adaptadores de "import" (que usa aqueles postes mais grossos e com uma fenda em cima que vem na maioria das asiáticas) para os parafusos mais finos "ABR-1 type". Essa ponte do Callaham é um assombro, não é nada "vintage correct", nem foi esse o caminho escolhido, mas acusticamente a guitarra já soou muito mais viva! A ordem do dia com essa guitarra seria estabelecer uma ligação entre o vintage e o moderno.

Veneno Mortal com Molina/Malagoli GP Pickup


Como já tinha aqui um Burstbucker #1 da Gibson, mandei o mesmo sem pestanejar na cavidade do braço. Sinceramente, não sei a razão, mas não consigo me entender direito com esse modelo JAZZ da SD. Eu acredito que a maioria das versões de PAFs devam brilhar nessa posição dessa guitarra.Espero ainda testar outros PAFs nela, como os Custom 55 LPG da Malagoli, os "VOS" Custom PAFs do Edu Fullertone, Kleins, D.Allen e Bare Knucles da vida!  Não troquei os potenciômetros, todos de 500K, mas troquei o capacitor do TONE do pickup do braço, colocando um Wimma de 15nF (0.015uF) e e adicionei um de 220pF (0.00022uF) como "Treble Bleeder" no VOLUME do mesmo captador. Refiz também as ligações dos TONEs para "50's wiring", onde perde-se menos agudos à medida que baixamos o volume dos captadores. 



Na ponte o DiMarzio assinatura do Petrucci (CrunchLab) permaneceu algum tempo. Bem gordo, mas rascante em lugar de discretamente brilhante, sem aquele foco  que estou acostumado, meio borrado mesmo! Bem, isso até que se aplique uma carga massiva de ganho... Aí ele realmente mostra ao veio!!! Bom de "splitar", bem usável dessa forma também. Ao retirá-lo experimentei um SD Custom 59 e ainda não chegou lá no quesito "gordura". Eis que chega aqui o novo Malagoli/Jaques Molina - Guitar Player pickup! Era exatamente o que eu precisava nessa guitarra. Vocês podem ver a postagem de 24 de Setembro de 2015 sobre esse captador na Expomusic com a receita do próprio Jaques. Ele parece até ter sido feito pra ser colocado nessa guitarra!!! Gordo, mas focado e brilhante. Impressionante, é escutar pra crer!




Com uma das bobinas fora do jogo (o que se acostumou apelidar de "split"), que no meu caso usei a chave Push-Pull do potenciômetro de TONE do captador da ponte (já instalada pelo antigo dono) para aterrar a bobina mais próxima da ponte. Timbre interessante, caminhando para algo como um pickup de ponte de uma Telecaster. A combinação dos dois captadores ficou excelente também. Simplesmente me senti com a missão cumprida e uma guitarrinha matadora em mãos! O clip que segue foi feito com o auxílio luxuoso do meu amigo Sidnei Vaz (do blog Impressões Pessoais) em sua loja GoldTop no Centro do Rio. Nós usamos o Marshalzão Very Special Edition dele e um bom cabo, mais nada! Já o ajustamos bem saturado, mas sem chegar em altíssimos ganhos, onde fica mais difícil notar as pequenas diferenças entre pickups distintos e experimentar com a dinâmica dos controles de VOLUME e intensidade do toque.


 Pra quem gostou do captador Molina/Malagoli Guitar Player, ele está à venda apenas no site da revista: https://www.editoramelody.com.br/gp/index.php?area=loja

Loja de instrumentos musicais GoldTop: http://www.goldtop.com.br/




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