Cort KX5 e KX Custom: update
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Cort KX5 e KX Custom: update


          A Cort KX 5 foi provavelmente, depois de uma Condor RX20, a primeira guitarra que comprei (por volta de 2004) depois de uns 10-15 anos sem entrar em lojas de guitarra. Sou de uma época que as guitarras dividiam-se em 1) - boas e caras e 2) - ruins e baratas. Com essas duas descobri que existiam guitarras boas e baratas. Não sabia das melhorias que o processo CNC havia acrescentado na produção de guitarras de baixo custo.
A KX5:


Os furinhos na região do captador do braço são resultado de uma tentativa frustrada de escudo pra colocar um single (ficou terrível :) ) Tive que refazer a cavidade para caber um P90. O ideal é com luthier, tupia e gabarito, mas fiz com uma Dremel no "olhômetro" mesmo... :)

Mas continuando: na época não sabia nada de madeiras, captadores, etc. Porém sabia reconhecer uma guitarra bem construída, com boa tocabilidade e principalmente, bom braço. A KX5 era uma dessas. Que braço gostoso de tocar! Nem percebi que eram 24 trastes e que portanto o captador do braço (ambos cerâmicos e ruins) estava deslocado da posição clássica (Les Paul, por exemplo)...

Comprei-a pelo preço e inusitada qualidade. A história da KX Custom já contei aqui: assim que adquiri um conhecimento básico, achei que estava apto a fazer uma escolha perfeita. Me baseei na KX5 e comprei sua irmã mais cara, de mogno e maple, aparentemente uma guitarra com todas as características pra soar excelente mas que na prática mostrou-se difícil de timbrar (refiro-me a um timbre orgânico, elegante, definido, equilibrado, etc.)

A medida que fui aprendendo sobre guitarras, fui modificando essas duas (tenho uma 3ª Cort, a G260, que embora muito bem construída e com materiais de primeira, também mostrou-se complicada de timbrar).
Já havia quase jogado o corpo de Basswood da KX5 no lixo, mas nos últimos meses tenho aceitado o timbre do basswood (e do cedro), que podem funcionar em setups específicos. Cheguei a fazer um corpo de Louro Vermelho, instalei tudo mas a sonoridade final ficou muito ruim - médios graves embolados e excessivos e agudos pálidos, além de muito pesada. Ela ficou assim, durante exatamente 24 horas :):


Em seguida voltei para o corpo de basswood:



Humbucker (ex PRS SE) alnico V 9k na ponte e P90 Kent Armstrong (já falei que são muito bons?) no braço.  Braços com 24 trastes matam humbuckers de braço, então acho que o som só fica razoável com caps tipo P90 (single simples não dá). Basswood não tem muito brilho. Tirei o controle de tonalidade. Só volume. Agora tá uma guitarra de 3kg, levinha, com um timbre digno e muito versátil. E aquele braço... Perfeito! :)
Obs: ela não tem originalmente frisos laterais - usei uma lixa pra gastar a tinta e expor o basswood clarinho. "Faux binding" :)


A KX Custom (que já foi postada duas vezes, coitada...) recebeu captadores GFS Mean 90 - são P90 em formato de humbuckers. Depois coloco um adendo sobre eles, mas o timbre fica bem melhor (definição das notas - coisa que ela penava pra ter) que com humbuckers.




Será que agora deu? :) Chega de mexer nessas CORTs? Ainda falta transformar a G260 numa S-S-S (tenho que fazer um escudo no padrão). Vamos ver... :)





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