Em busca do Cálice Sagrado - Epílogo: ouça as guitarras
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Em busca do Cálice Sagrado - Epílogo: ouça as guitarras


         Paulo May

          Como já falamos, gravamos as comparações meio às pressas, aos 44 do segundo tempo - e isso graças ao Rodrigo, que deu a ideia das fotos agrupadas e insistiu na gravação. O ideal seria um teste mais amplo, etc., mas optamos por uma sequência de arpejos, acordes e um pequeno lick de solo, algo que pudesse ser repetido igualmente para todas.
O áudio da minha R9 (2013) que está nesse vídeo foi gravado no outro dia, após a troca dos captadores (daí aproveitei e gravei também a minha STD 81). A gravação original estava com os Gibson Custom Bucker, que não são ruins mas perdem feio para os Rolph na dinâmica e clareza. Depois eu posto a comparação dos dois captadores.

Podemos comparar o timbre de guitarras de forma generalizada ou específica. Para um maior detalhamento, recomendamos deixar o vídeo rodar até o final, ouvindo sem compromisso. Depois que ele estiver carregado no buffer do navegador, fica mais fácil dar pulos rápidos entre uma guitarra e outra, entre partes específicas, etc.


Ouvindo agora, depois de duas semanas e após analisar os áudios também  no Sound Forge, dá pra perceber que os Gibson Burstbucker têm menos amplitude dinâmica, ou seja, não há tanta diferença de timbre entre as notas fracas e fortes. E há uma predominância das notas fortes, que soam mais "explosivas". Isso traduz-se nos ouvidos como "artificial", pouco natural e por aí vai.
Por isso quase nunca usamos saturação nos testes. A saturação comprime/diminui a amplitude dinâmica e as guitarras começam a soar mais parecidas.

Em relação à dinâmica, o Rodrigo tinha razão e pude checar agora - os Gibson Custom da Beano são bem melhores que os outros Gibson, mas foram propositadamente tunados para soarem mais fechados. Eu tinha certeza que eles eram iguais aos novos Custom Bucker, mas estava errado.

Vamos deixar esse post em separado do anterior por enquanto, depois agrupamos os dois.

PS: Convém lembrar aqui que dá mais trabalho tocar com um captador como o Rolph, extremamente dinâmico, do que com um Burstbucker Pro (e principalmente captadores de alto ganho), por exemplo. Temos que ter muito mais atenção na dinâmica do ataque das notas. Se bobear, o som não sai... :). Em compensação entretanto, ganhamos na beleza do timbre.
Confesso que dificilmente levaria uma Les Paul com Rolphs para um show comum de rock - e nas últimas vezes que toquei ao vivo, de fato utilizei a PRS com o Supershred Rosar - os erros aparecem menos :)



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